quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sem ti

Sem ti ; senti



Quando lutamos contra nos mesmos, somos os unicos a colecionar feridas.
Até que ponto vale a pena ater-se ao caminho da menor-dor, do baixo risco e do conforto calculado? 
Você grita para si mesmo com tanta força essa mentira, que acaba por não ouvir o peito clamando por um segundo de atenção. Mas eu consigo ouví-lo, quando ele encosta no meu, e sigo aguardando o dia em que a tua garganta, de tão rouca, deixe chegar aos teus ouvidos o que para mim fica claro toda vez que teus olhos fecham antes dos meus: é recíproco.

Eu poderia dizer que fui acometido por uma abstinencia de sensações às quais já estava acostumado é o que você sempre diz, mas eu ainda não me acostumei a você. Por isso que eu sempre volto, mesmo quando a minha autoestima implora para que eu espere por um sinal teu. Teus sinais foram dados, nós é que falamos línguas diferentes, quando o assunto é sentir e expressar.

Eu poderia dizer o que já repeti em refrões antigos que me remetem ao tempo do meu cursinho : “por que não tentar de novo já não tenho nada a perder”. São palavras que me saltam da lingua e param nos dentes, sempre que sinto medo de que você confirme a minha hipotese. Então eu sigo o teu conselho de me ater apenas as tuas ações. E assim eu sigo, aluguei um espaço no teu pensamento e me sinto confortavel aqui, embora nada me garanta que eu não possa ser despejado. Se for pra ser, que assim seja, o frio da rua é mais confortavel do que um lar onde já não se quer mais morar e faz tempo que eu me mudei, jogando fora as chaves da antiga morada.






A musica


http://www.youtube.com/watch?v=GEBCL3nU4Tg